NOSTALGIA Profº Silas Hoje acordei sensÃvel ao tempo,
Bateu uma imensa saudade dos idos de outrora,
Relembrei avidamente ao sussurrar do vento
Me veio a memória triste infância!!!!
Por mais sofrÃvel, maior era a felicidade,
Podia andar livremente pelos pensamentos,
Expressar poeticamente o sonho de igualdade,
Fazer das poesias e canções nossos gritos de liberdade!!
Que saudades da roça provedora,
Saudades de meu pai incansável trabalhador,
Da natureza lÃmpida, intacta e duradora,
Que hoje chora na fumaça, sem pudor!!!
Quão vil são os empresários modernos,
Ser não importa, queimam nosso pulmão,
Para ostentar a concentração do ter, meio aos infernos,
O fogo queima, manchando de cinzas o sertão!!
Saudades das canções de protestos,
Das ruas tomadas de indignação,
Dos gritos que sucumbiram os grilhões indigestos,
Raiavam insurgente os atos de indignação!!
Caia as armas e os canhões da ditadura,
As algemas da censura já não suprimiam a verdade,
Os livros registravam desnudando as armaduras,
O saber triunfava, sepultando tirana crueldade!!
Algumas décadas do pleito se passaram,
A memória curta flerta com o saudosismo,
Ignotos as conquistas da democracia,
Ressurge inquietante abominável anomalia,
Denegrindo os que bravamente lutaram,
Milicianos da imunidade, pregam o Fascismo
Assim caminha sem perspectiva,
Quem produz a riqueza incomensurável,
Onde o vil capital ostenta suas impositivas,
Não participa, vida proletária miserável!!
Indefeso miserável e explorado,
Sem força de voz e representatividade,
Cingi sobres seus lombos cansados,
O Espectro escravagista em plena Atividade...
Já rendido aos discursos econômico,
Amedrontado com o capital hegemônico,
Recebe anestesiado o vil centavo,
Sua mais valia, é ser servil e escravo!!