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  • Foto do escritorFábio Tardelli

Cadernos do Silas: Nostalgia (Poema)

NOSTALGIA Profº Silas Hoje acordei sensível ao tempo,

Bateu uma imensa saudade dos idos de outrora,

Relembrei avidamente ao sussurrar do vento

Me veio a memória triste infância!!!!

Por mais sofrível, maior era a felicidade,

Podia andar livremente pelos pensamentos,

Expressar poeticamente o sonho de igualdade,

Fazer das poesias e canções nossos gritos de liberdade!!

Que saudades da roça provedora,

Saudades de meu pai incansável trabalhador,

Da natureza límpida, intacta e duradora,

Que hoje chora na fumaça, sem pudor!!!

Quão vil são os empresários modernos,

Ser não importa, queimam nosso pulmão,

Para ostentar a concentração do ter, meio aos infernos,

O fogo queima, manchando de cinzas o sertão!!

Saudades das canções de protestos,

Das ruas tomadas de indignação,

Dos gritos que sucumbiram os grilhões indigestos,

Raiavam insurgente os atos de indignação!!

Caia as armas e os canhões da ditadura,

As algemas da censura já não suprimiam a verdade,

Os livros registravam desnudando as armaduras,

O saber triunfava, sepultando tirana crueldade!!

Algumas décadas do pleito se passaram,

A memória curta flerta com o saudosismo,

Ignotos as conquistas da democracia,

Ressurge inquietante abominável anomalia,

Denegrindo os que bravamente lutaram,

Milicianos da imunidade, pregam o Fascismo

Assim caminha sem perspectiva,

Quem produz a riqueza incomensurável,

Onde o vil capital ostenta suas impositivas,

Não participa, vida proletária miserável!!

Indefeso miserável e explorado,

Sem força de voz e representatividade,

Cingi sobres seus lombos cansados,

O Espectro escravagista em plena Atividade...

Já rendido aos discursos econômico,

Amedrontado com o capital hegemônico,

Recebe anestesiado o vil centavo,

Sua mais valia, é ser servil e escravo!!


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