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Dia do Historiador, dia de luta!

  • Foto do escritor: Fábio Tardelli
    Fábio Tardelli
  • 21 de ago. de 2020
  • 2 min de leitura

O dia do historiador, 19 de agosto, não podia passar em branco, ainda mais a História sendo a minha área, o idealizador do Prolecast!

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Marc Bloch nos comparou aos ogros farejadores de carne humana enquanto buscamos documentos.

Hobsbawm nos coloca a missão de analisar os sentidos do passado e localizar as mudanças e transformações... Enquanto, claro, disputamos esse passado com narrativas de grupos políticos que tentam dominar e controlar a História.

E.P. Thompson tão brilhantemente discutiu o tempo na relação com os modos de produção e a cultura, a formação da consciência de classe e a formação da classe trabalhadora.

Dorothy Thompson conheceu E.P. Thompson na luta e nas pesquisas. Dedicou sua luta na educação de adultos, movimento pela paz e o Partido Comunista Britânico. Suas pesquisas foram para o movimento cartista, história da Irlanda e a história das mulheres trabalhadoras do Reino Unido.

Jacob Gorender veio agregar muito na disputa da memória da luta negra na resistência à escravidão no Brasil Colônia e Brasil Império.

C.L.R. James trouxe análises sobre a Revolução Haitiana, enquanto visava atingir líderes africanos como Kwane Nkrumah na organização da luta anti imperialista. Fora seus importantes estudos sobre dialética.

Silvia Federici tem trazido contribuições importantes ao marxismo e feminismo.

E essa luta se entende muito além Robin Blackburn, Perry Anderson, Tariq Ali, Adalberto Coutinho, Cassia Baddini, Sho Ishimoda, Caio Prado Júnior, Ciro Flamarion, Nelson Werneck Sodré...

E claro o historiador Joaquim Nabuco, abolicionista e amigo de figuras como o poeta Castro Alves e o político-liberal-republicano Rui Barbosa.

Joaquim Nabuco, foi a figura homenageada do dia. O dia 19 de agosto é em referência ao seu nascimento. Mas vamos além da Batalha das Ideias, o que não é pouco. Hobsbawm trabalhou no serviço de inteligência britânica na Segunda Guerra Mundial. E.P. Thompson foi sargento em regimento de tanques britânicos. Marc Bloch lutou na resistência francesa, mas acabou preso, torturado e fuzilado pela Gestapo.

Dorothy Thompson e Edward Thompson mantiveram cursos de História e política para trabalhadores além de, com outros historiadores britânicos, se envolverem em diversas manifestações contra OTAN, ações imperialistas e greves de trabalhadores.

Historiadores marxistas são como espadas da classe trabalhadora cortando as ilusões positivistas e pós modernas, visões de mundo alinhadas com os interesses da classe da burguesia. Nossa luta é romper a ilusão dos mestres ilusionistas e jogar suas sombras à luz da concretude e historicidade.

Nosso método carrega nossa ciência no nome.

E sabe quem teme Historiadores? Fascistas e narrativistas-liberais alinhados com CIA, como Popper e Arendt. Seguimos na luta, nas batalhas das ideias ou nas barricadas das manifestações da class trabalhadora.

"A classe operária não surgiu tal como sol, numa hora determinada. Ela estava presente ao seu próprio fazer-se. [...] A classe acontece quando alguns homens, como resultado de experiências comuns (herdadas ou partilhadas), sentem e articulam a identidade de seus interesses entre si, e contra outros homens cujos interesses diferem (e geralmente se opõe) dos seus." (E.P. Thompson)

Por Fábio Tardelli

 
 
 

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© 2020 por F. A. TARDELLI FILHO

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